quinta-feira, 30 de julho de 2009

Por políticas de educação inclusivas e não ao parternalismo


CEM das 300 crianças da Escola de Reabilitação Infantil da Malhangalene, na cidade de Maputo, receberam recentemente material didáctico composto por cadernos, lápis e de outra natureza em apoio ao prosseguimento dos seus estudos. O gesto é da Faculdade de Veterinária da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) que assinalou 45 anos de criação(clique no título).


É um gesto de louvar sim. Mas o problema é muito mais grave. Há muitas crianças em Moçambique nas mesmas condições, sem um amparo legal. Essas crianças não podem viver de "boa-vontade", há toda uma necessidade de se elaborarem políticas de educação inclusivas, de modo a garantir a realização do seu direito humano à educação.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Qualidade do ensino

Sérgio Simone, no jornal notícias de hoje, 28.07.2009, levanta um problema que, de tanto se falar, parece entrar no rol das moedas gastas: a qualidade do ensino. Porém, há fato interessante. Ele toca o problema da formação de professores e dos manuais escolares: "Questiona-se hoje o facto de o nosso ensino no geral não ter qualidade e esquece-se de analisar em conjunto se a formação de docentes está no padrão exigido. No sistema de ensino moçambicano existem muitos assuntos que mereciam muita atenção, sendo um caso a revisão dos manuais dos estudantes e dos professores. Existem manuais que há muito são tempo que não revistos, tempo esse que foi caracterizado pelo avanço científico e que tais manuais não andaram a par dos mesmos avanços". (Clique no título) É também um problema de políticas educacionais e não apenas de vontade política. Belos discursos, sem ações efetivas, não mudam a realidade educacional do país.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Primeira jornada educacional: unificação incondicional dos níveis do ensino básico moçambicano


Falar das políticas de educação, equivale, grosso modo, falar das diversas ações levadas à cabo pelo Estado, através da sociedade política, focalizadas para o campo da educação, em diversos âmbitos: expansão, acesso, permanência, currículo, formação docente, financiamento...inicio a primeira jornada educacional discutindo as políticas de expansão da educação básica moçambicana (as sete primeiras classes), subdividas em Ensino primário do primeiro grau (EP1 da 1ª a 5ª classe) e o Ensino Primário do Segundo Grau (6ª e 7ª classes). Moçambique ratificou e é signatário de alguns dos principais documentos das Nações Unidas que defendem a obrigatoriedade e a gratuidade da educação básica. Mas, as leis educacionais de Moçambique (Lei 4/83 de 23 de Março de 1983 e a Lei 6/92 de 6 de Maio de 1992) defendem a progressiva obrigatoriedade do ensino básico, condiciondo ao desenvolvimento do país! Como o país parece apenas crescer economicamente e nunca desenvolver, então, os governantes encontram respaldo suficiente para manter a organzição da educação básica tal como está que, per si, é excludente: apassagem de um grau para outro é sancionada por um exame. E, não somente: o número de escolas do segundo grau é geometricamente inferior ao das Escolas do primeiro grau (...) continua

No Ar, Jornadas Educacionais

A todos e à todas que passarem por este espaço:



Após muita relutância em aceitar as sugestões do Bila Josué, no sentido de criar um espaço onde possa discutir as minhas inquietações sobre os rumos da educação moçambicana, finalmente decidi aventurar-me pela bloguesfera. A jornada lembra o movimento, o trabalho. Aqui se trata de um trabalho intelectual, o de pensar a educação moçambicana, especificamente naquilo que toca às políticas de educação, com particular enfoque no problema do direito à educação. Caso haja necessidade, também serão abordados temas semelhantes referentes a outros contextos, ou outros temas

Espero aprender muito dos leitores, através das críticas, comentários e sugestões.